Os Riscos do Uso Exagerado de Telas
A tecnologia tem transformado a forma como nos relacionamos, trabalhamos, nos vemos e nos cuidamos e, inclusive, vem inspirando novos cuidados com a saúde mental e física. Os brasileiros são um dos povos mais impactados por essas condições. Segundo um levantamento americano, o Brasil é o segundo país com maior tempo de tela do mundo: são cerca de nove horas, por dia, diante delas ou seja, 56,6% do tempo que passamos acordados.
Um grupo de psiquiatras elencou quais as novas condições e sintomas que surgiram, por causa do excesso de uso de celulares, computadores, videogames e redes sociais. O levantamento aponta tendências perigosas na saúde mental e relacionadas ao uso de telas, aqui, relacionamos algumas delas:
1 - Distúrbio de games:
O vício em videogames e jogos eletrônicos é um transtorno mental reconhecido pela Organização Mundial da Saúde e, desde 2022, integra a última edição da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (mais conhecida como CID-11). Estima-se que 3% dos gamers se enquadrem nessa condição;
2 - FOMO:
Do inglês “fear of missing out“, o FOMO traduz a sensação de medo e angústia de perder oportunidades, atualizações e eventos na vida real ou virtual. A pessoa sente que não pode ficar de fora, que deve se integrar e estar sempre alinhada com o que está acontecendo;
3 - JOMO:
Se o uso das redes tem gerado tanta insatisfação, ausentar-se dessas plataformas pode ser uma solução para dar um fim a essa torrente de ansiedade e frustração.
Aqueles que têm se desconectado (um pouco ou definitivamente) das redes sociais andam relatando mais momentos de prazer e relaxamento. É o JOMO, sigla para “joy of missing out“: a alegria de perder tendências e atualizações dessas plataformas. O segredo é encontrar atividades prazerosas para aproveitar momentos offline;
4 - Nomofobia:
Como você se sentiria se ficasse sem seu celular? A ideia ou situação em si pode causar ansiedade e medo extremo em quem tem a “no-mobile-phone-phobia", a fobia de ficar sem o aparelho (estar fisicamente longe dele ou desconectar-se por falta de bateria, por exemplo).
Este medo irracional ainda não é reconhecido como uma condição médica, mas pode apresentar reações características de outras fobias, como ansiedade, tremores, suor excessivo, agitação, dificuldade para respirar e taquicardia;
5 - Selfitis:
O comportamento compulsivo de tirar fotos de si mesmo e de compartilhá-las nas redes sociais tem sido chamado popularmente de selfitis. Ele é objeto de estudo de psicólogos e psiquiatras, ao redor do mundo, que tentam encontrar a melhor forma de entender e classificar esse hábito. Busca por autopromoção e problemas de autoestima podem estar relacionados;
6 - Phubbing:
O termo reúne duas palavras do inglês: phone (telefone) e snubbing (esnobar). É o ato de ignorar pessoas e situações ao redor por estar com os olhos vidrados no celular.
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