Um estudo do Banco Mundial aponta que o produto interno bruto (PIB) do Brasil poderia mais que dobrar se as crianças desenvolvessem seu potencial, ao máximo, e o país chegasse ao pleno emprego. 

 

O desafio passa, não só por mais oportunidades e melhor qualidade na educação, mas pelo aproveitamento de fato dos talentos nacionais — mulheres, por exemplo, até acumulam mais capital humano que homens, mas não conseguem ter esse potencial absorvido pelo mercado de trabalho. 

 

O Índice de Capital Humano (ICH) é um indicador criado pelo Banco Mundial para estimar o acúmulo de habilidades, de um indivíduo, até os 18 anos. Ele considera as condições de saúde e educação, e pode ser usado para identificar desigualdades regionais e locais. 

 

Existem grandes disparidades, há municípios com indicadores de capital humano parecidos com os da Europa, enquanto temos municípios com indicadores iguais aos dos mais pobres do mundo. 

 

O Brasil, além de desenvolver só uma parte do potencial de capital humano, tem muita dificuldade em absorver os talentos. Quando se considera participação no mercado, o indicador de capital humano do Brasil sai de 60% e chega a 32%, e isso considerando o mercado não só formal, mas informal também. 

 

A mensagem vai em linha com o argumento de que os países desenvolvidos têm sucesso, não só em promover talentos dos indivíduos e fazê-los florescer em diversos contextos, mas também em conseguir alocar bem esses talentos.

 

Enquanto o Índice de Capital Humano do Brasil é de 60%, o do Japão é de 81%. Quanto mais os indivíduos vão acumulando habilidades, evidências mostram que passam a ter maior renda futura e maior estabilidade financeira. Também, estão capacitados a resolver problemas que a sociedade enfrenta, questões nas empresas, propostas de negócios novos, que começam a surgir.

 

Além de políticas públicas voltadas para a excelência na Educação e na qualidade e cobertura da Saúde pública, a capacitação da mão de obra deve ser uma parceria entre o governo e as empresas. 

 

Isso é essencial para o país se desenvolver e superar crises,  principalmente, em um mundo tão dinâmico.